Pastor Indiciado por Intolerância Religiosa Contra a Umbanda em Itaboraí

Na terça-feira (16), o pastor Felippe Valadão, da Igreja da Lagoinha, foi formalmente indiciado por práticas de intolerância religiosa após proferir comentários preconceituosos sobre religiões de matriz africana durante um evento em Itaboraí, Rio de Janeiro. Suas declarações, que incluíram afirmações como "Deus começaria a salvar os pais de santo da cidade" e que "muitos centros de Umbanda seriam fechados" durante o aniversário da cidade, geraram revolta na comunidade umbandista e em seguidores de outras religiões.

Um vídeo contendo o discurso do pastor circulou nas redes sociais, desencadeando uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre o conteúdo das declarações. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Desde 2022, Felippe Valadão vinha sendo investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

Este incidente não é isolado na família Valadão. Em agosto de 2023, o cunhado de Felippe, André Valadão, também enfrentou denúncias por homofobia. Durante um culto online, André fez comentários condenatórios sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, alegando estar defendendo "valores cristãos" e sugerindo a necessidade de "resetar" a humanidade para trazê-la de volta a Deus, utilizando terminologias do contexto bíblico.

Os desdobramentos legais desses casos refletem a crescente atenção e vigilância sobre discursos de ódio e intolerância, especialmente aqueles proferidos por figuras públicas e líderes religiosos.



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