Nesta quinta-feira (25/4), o Tribunal do Júri se reúne para julgar Cícero Gomes Lima, acusado pelo Ministério Público de ter cometido o homicídio de Juliana Landim Simão, sua ex-mulher. O trágico evento ocorreu em janeiro de 2019, no apartamento onde Juliana residia, no bairro São Manoel.
Juliana, uma enfermeira respeitada que exercia sua profissão no Hospital de Base, foi encontrada sem vida dois dias após o crime. A investigação revelou que ela foi asfixiada, tendo suas mãos e pés amarrados, além de apresentar sinais de enforcamento e ter a boca tapada com fita adesiva.
O Ministério Público sustenta que o réu deve ser condenado por homicídio com quatro qualificadoras: feminicídio, motivo torpe, vingança e mediante surpresa. Cícero teria utilizado o celular de Juliana para enganar seus familiares e amigos, enquanto fugia com o carro da vítima para o nordeste do país.
A tragédia se desdobra em uma trama de relacionamento conturbado. Juliana e Cícero compartilharam uma década de convivência conjugal, tendo uma filha de 6 anos juntos. Contudo, o fim do relacionamento foi marcado por tensões, com Juliana concedendo um prazo para que Cícero deixasse o apartamento que compartilhavam. Mesmo assim, ele permaneceu no local.
O caso é emblemático dos desafios enfrentados pelas vítimas de violência doméstica, destacando a importância da discussão sobre o feminicídio e a proteção das mulheres em situações de vulnerabilidade.
O julgamento de Cícero Gomes Lima não apenas busca a responsabilização pelo crime hediondo cometido contra Juliana, mas também serve como um lembrete do compromisso da justiça em combater a violência de gênero e garantir a segurança das mulheres em nossa sociedade.
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