Na última terça-feira (28), o pai e o tio do cantor e corretor de imóveis Gustavo Caporalini prestaram depoimento à imprensa na Delegacia Seccional de Polícia, acompanhados pelo advogado Carlos Silvério, que atuará como assistente de acusação no caso.
Ambos vestiam camisetas com a foto da vítima enquanto detalhavam os eventos trágicos ocorridos no último domingo. Ormélio Caporalini, pai de Gustavo, relatou que no momento do crime, seu filho estava na piscina com as crianças durante um almoço que contava com a participação de 15 pessoas. O acusado teria tocado o interfone, se identificado como policial e solicitado falar com Gustavo.
Ao ser alertado pela mãe, a vítima se dirigiu até o portão social, onde foi alvo dos primeiros disparos. Ferido, Gustavo buscou ajuda nos fundos, onde encontrou o tio Odair Caporalini, policial militar de folga na reunião familiar. Odair interveio para proteger o sobrinho, sendo também atingido por disparos, enquanto o agressor efetuava tiros na direção da piscina.
Odair afirmou ter tentado desarmar o acusado em um confronto, sem sucesso. O agressor fugiu, sendo posteriormente detido em Campina Verde-MG no final da tarde.
O delegado responsável pelo caso, Marco Aurélio Tirapelli, expressou a intenção de encaminhar o inquérito à Justiça dentro do prazo legal, apesar de não descartar a possibilidade de prorrogação, caso novas diligências sejam necessárias. A principal linha de investigação é motivação passional, e a mulher supostamente relacionada ao caso já foi interrogada, esclarecendo detalhes importantes.
A defesa do acusado, um agente policial de penitenciária, está a cargo dos criminalistas Douglas Teodoro Fontes e Marcelo Leal, que analisam o processo para apresentar alegações técnicas. O caso, por envolver crime contra a vida, será julgado pelo Tribunal do Júri Popular. O assistente de acusação, Carlos Silvério, solicitou habilitação no processo, aguardando manifestação da Promotoria Pública. O desfecho do inquérito está previsto para os próximos 10 dias.
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