Uma confusão no Jardim Gisete neste domingo (9) terminou com um preso e uma mulher qualificada como ‘investigada’. De acordo com informações do boletim de ocorrência, a dupla ameaçou, xingou e até tentou agredir policiais militares. Tudo começou quando a vítima, um homem de 32 anos, acionou o 190 devido a um suspeito ter lhe cortado o pneu do carro, um Punto prata, com o uso de uma faca.
PMs atenderam a chamada e no local entraram em contato com a vítima, que narrou os fatos. Segundo o homem, “viu um rapaz em atitude suspeita perto da casa da namorada dele. Quando se aproximou, o suspeito saiu correndo. Ao voltar notou o dano no veículo e o rapaz ainda o teria ameaçado de morte”. Ele foi orientado a registrar a ocorrência e, em determinado momento, apontou um homem em uma esquina próxima como sendo o responsável pelos crimes.
Ao se aproximarem, o rapaz, identificado com 24 anos, disse que “não seria abordado”, entrou em uma casa e começou a desacatar os policiais, chamando-os de “vermes” e “vagabundos”. Ainda segundo um dos PMs, foi chamado de “macaco” pelo suspeito, que tinha uma lata de cerveja na mão, encheu a boca e cuspiu no rosto do agente.
Foi solicitado apoio de outras viaturas e verbalizaram ao jovem voz de prisão por desacato e injúria. Nesse instante, a mãe do suspeito, de 45 anos, saiu da residência e disse “que queria saber o que estava acontecendo e que não tinha chamado viatura nenhuma na casa dela, que era para irem atrás de ladrão”.
Um dos policiais estava em uma ligação quando a mulher deu um tapa contra o peito dele e o chamou de “policialzinho de m…”, que “não prendem bandido e só vão atrás de morador de bem, que tem que ir atrás de ladrão”. Mesmo diante da chegada do reforço, a mulher seguiu tentando impedir o trabalho policial, dizendo “que não entrariam ali”. O rapaz foi para o fundo da residência e subiu no telhado.
A suspeita afirmou “que havia feito uma macumba e que os policiais, os filhos deles e mulheres iriam morrer”. Disse também que “tinha parentes no PCC”, ameaçando-os novamente. Foi necessário uso de força para contê-la. Quando estavam levando a mulher para a viatura, o filho, de cima do telhado, começou a atirar pedaços de telhas na direção dos agentes. Eles retiraram as viaturas das proximidades do imóvel para que não fossem danificadas.
Depois disso, o agressor se trancou dentro de um banheiro e os militares tiveram que arrombar a porta porque ele não respondia e não saía do local. Terminou algemado em seguida, mas falou que “havia filmado toda a ação policial”. Na delegacia, a autoridade de plantão determinou a prisão em flagrante do jovem, sem direito à fiança e o mandou para a carceragem da Deic, onde permanece à disposição da Justiça.
Já a mulher foi qualificada apenas como ‘investigada’, tendo em vista (de acordo com o registro policial) “as versões diferentes dos Policiais Militares quanto ao cometimento do delito de racismo”. A vítima foi orientada quanto ao prazo de seis meses que tem direito a processar o envolvido e o caso terminou encaminhado à delegacia correspondente a área dos fatos, que vai proceder a investigação.
Fonte: Gazeta de Rio Preto.
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