As consequências devastadoras das intensas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul já resultaram em 95 mortes confirmadas até o momento, com outros quatro casos em fase de avaliação. O governador Eduardo Leite informou que 131 pessoas permanecem desaparecidas em meio à tragédia. A situação se agrava com o registro de 401 cidades afetadas, o equivalente a 80,6% do total de municípios gaúchos. Em uma entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (7), o governador classificou a situação como uma "catástrofe", enquanto cerca de 48.799 pessoas buscaram refúgio em abrigos.
Entretanto, as autoridades governamentais contabilizam um total de 159.036 cidadãos desalojados em decorrência do desastre. A tragédia já afetou, até o momento, aproximadamente 1,4 milhão de pessoas no estado, que possui uma população de 10,8 milhões de habitantes, conforme os dados do censo de 2022 do IBGE.
"O tamanho da crise no Rio Grande do Sul é o que especialmente torna essa situação difícil de tratarmos. Praticamente todo o estado está atingido de alguma forma", lamentou o governador Leite.
Ele ressaltou que os números continuam aumentando diariamente, embora haja a ressalva de que os dados podem estar sujeitos a imprecisões.
Para agravar ainda mais a situação, a previsão meteorológica indica uma queda nas temperaturas a partir da noite de quarta-feira (8) e quinta-feira (9), com a estimativa de chuvas fortes na região sul do estado.
"Há uma primeira projeção de que, entre sexta-feira e domingo, nós voltemos a ter chuvas muito fortes na metade norte do estado, com incidência nos rios que já se elevaram e que já provocaram todos esses estragos", alertou o governador Leite sobre os próximos desafios que o estado enfrentará.
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