Uma descoberta perturbadora marcou um momento de luto para Eliza Carbonez e sua família durante o enterro de sua tia no Cemitério Municipal São João Batista, em Bebedouro, São Paulo, na última quarta-feira (17/4). Enquanto prestavam suas últimas homenagens à sua ente querida, eles se depararam com os restos mortais de seu avô próximo ao túmulo da família.
Eliza relatou em entrevista à EPTV que o jazigo de seu avô, Nelson Inácio, estava aberto e os ossos estavam acondicionados em um saco plástico, uma ação que ela afirma não ter autorizado. Ela também expressou sua intenção de registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil local, embora até o momento nenhum registro tenha sido feito.
A Prefeitura de Bebedouro, em resposta à emissora, afirmou que o cemitério está em processo de abertura de um procedimento administrativo para investigar o incidente e responsabilizar o funcionário envolvido.
O falecimento de Nelson Inácio ocorreu em 2021, aos 76 anos, e desde então ele foi sepultado no referido cemitério. Eliza mencionou que, na época do enterro, a família pagou pela construção de uma estrutura de tijolos e concreto para proteger o túmulo, mas essa obra nunca foi realizada.
Durante o sepultamento de sua tia-avó, que era irmã de Nelson, a família percebeu que o túmulo já estava aberto e continha os restos mortais de seu avô em exposição. Eliza lamentou que o corpo de seu avô tenha sido removido sem consentimento prévio da família, afirmando que os ossos foram manuseados de forma desrespeitosa: "Ele tirou o meu avô, ele quebrou os ossos dele. E jogou as coisas no chão, a roupa intacta", disse ela.
Ao confrontar o coveiro responsável pela remoção, Eliza afirmou não ter recebido explicações adequadas e criticou a falta de consideração demonstrada pelo funcionário em relação à sua família: "Nem quando ficaram sabendo de tudo, eles disseram 'vamos resolver essa situação'. Não houve nada disso. O corpo do meu avô continuou no saco, sua roupa jogada pelo cemitério, seu caixão de um lado e os restos espalhados", lamentou.
O caso trouxe à tona preocupações sobre o tratamento digno aos falecidos e a necessidade de protocolos adequados para garantir o respeito aos entes queridos e às famílias enlutadas durante os procedimentos funerários. A família de Eliza aguarda as investigações das autoridades para esclarecer as circunstâncias desse incidente e buscar justiça para seu avô.
0 Comentários