A professora Bruna Flor de Marco Barcelos, residente em Alto Paraíso de Goiás, foi demitida de sua posição em uma escola local após fotos íntimas serem vazadas por alunos. A situação surgiu depois que Bruna emprestou seu celular para que os estudantes registrassem algumas atividades, destinadas a serem utilizadas em uma atividade pedagógica.
A exposição das imagens íntimas deixou Bruna profundamente abalada. "Me senti violada, violentada. Na sequência, a gestão da escola criou um ofício dizendo que os estudantes se sentiam constrangidos de assistirem às minhas aulas por terem visto minha foto nua. Uma inversão de quem foi vítima na situação", afirmou a professora em entrevista ao G1.
Segundo relatos de Bruna, os estudantes conseguiram acessar suas pastas particulares no dispositivo e compartilharam as fotos entre si. Ela imediatamente denunciou o caso à Polícia Civil, mas relatou que começou a enfrentar tratamento hostil por parte dos funcionários da escola após o incidente.
A demissão de Bruna ocorreu meses após a divulgação das imagens. A escola justificou a decisão com base no regimento interno, que proíbe o empréstimo de celulares pessoais aos alunos. Além disso, alegou que a demissão está em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Bruna defende que emprestou seu aparelho porque a unidade de ensino não dispunha de equipamentos adequados para que os estudantes pudessem registrar um evento relacionado ao Mês da Consciência Negra.
O caso levanta debates sobre segurança digital e privacidade, ressaltando a importância de medidas preventivas nas instituições de ensino para proteger tanto os alunos quanto os profissionais. A professora continua buscando justiça e clareza em relação aos acontecimentos que a levaram à demissão, enquanto destaca a necessidade de conscientização sobre os direitos individuais e o respeito mútuo dentro do ambiente escolar.
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