No último dia 29 de fevereiro, um rebanho de carneiros e ovelhas foi encontrado morto em uma propriedade rural na cidade de Floreal, no interior de São Paulo. Essa trágica descoberta marca o terceiro incidente do tipo em menos de um ano, de acordo com informações fornecidas por um funcionário da propriedade que optou por permanecer anônimo.
Nos ataques anteriores, ocorridos ao longo do último ano, três animais foram mortos no primeiro incidente, seguido por sete em um segundo ataque. A propriedade pertence a uma empresa de alimentos sediada em Poloni (SP), que optou por não comentar sobre o ocorrido.
A Polícia Ambiental, até o momento, não registrou formalmente os eventos e não recebeu solicitações relacionadas ao caso. No entanto, afirmaram estar em processo de apuração das circunstâncias dessas mortes.
Divergências sobre a autoria dos ataques surgiram quando o biólogo Samuel Villanova, ao analisar imagens do rebanho, expressou a opinião de que os responsáveis poderiam ser cachorros. Segundo o especialista, cachorros "alongados" ou "asselvajados" são conhecidos por atacar animais em grupo, causando miopatia devido ao desgaste fisiológico e estresse do animal atacado.
Villanova argumenta que, ao contrário das onças, esses cachorros não consomem as presas, mas atacam mordendo e, em alguns casos, retirando pedaços de pele. Além disso, destaca que onças costumam abater presas atacando na região da jugular, buscando eficiência e consumo da carne.
A confusão nas pegadas também foi levantada como um fator complicador na identificação dos responsáveis pelos ataques. Villanova alerta que as pegadas de um cachorro grande podem ser confundidas com as de uma onça, especialmente por pessoas sem experiência na identificação.
Diante dessas incertezas, a conclusão sobre a causa da morte do rebanho ainda não foi alcançada. A investigação da Polícia Ambiental está em andamento, e a análise das imagens por especialistas pode fornecer elementos essenciais para determinar se os ataques foram realizados por cachorros ou onças.
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