A menina se dirigia à casa de familiares, que ficava na rua de trás, quando foi atingida pelo material cortante. Moradores da região relataram à EPTV que a vítima estava pálida após o ocorrido, e vizinhos prestaram os primeiros socorros antes de o pai levá-la ao hospital.
O estado de saúde da menina é considerado grave, mas estável, e os médicos estão monitorando sua recuperação. O pai, em meio à angústia, expressou seu apreço pela equipe médica, afirmando: "É só Deus e os médicos para trazerem ela [a menina] de volta." Uma tomografia foi realizada nesta segunda-feira (11/3) para avaliar a extensão dos danos causados.
O incidente reacende a discussão sobre a proibição do uso do cerol em pipas, uma questão que ganhou destaque recentemente com a aprovação de um projeto de lei pela Câmara dos Deputados no mês passado. O projeto busca criminalizar o uso do cerol, impondo multas e penas de reclusão de um a três anos para aqueles que forem flagrados utilizando o material. Estabelecimentos que comercializarem o produto também enfrentarão a cassação da licença de funcionamento como punição adicional.
O projeto de lei visa a proibição nacional da venda e utilização de cortantes, com exceção de competições em ambientes controlados. Embora o cerol ainda não seja explicitamente proibido por lei, sua utilização é considerada crime pelo Código Penal (Artigo 132), que prevê detenção de três meses a um ano para quem expõe a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente. Em casos como o ocorrido em Mogi Mirim, onde resultou em lesões graves, a pena pode ser aumentada de acordo com o dano causado. A sociedade aguarda a evolução do caso e a aplicação efetiva da legislação para evitar tragédias semelhantes no futuro.
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