Menina de 8 anos é gravemente ferida por linha de cerol em Mogi Mirim: Projeto de lei busca coibir o uso do material

No último sábado (9/3), uma tragédia abalou a cidade de Mogi Mirim, no interior de São Paulo, quando uma menina de oito anos foi vítima de um corte profundo na região do pescoço causado por linha de cerol enquanto andava de bicicleta pela rua. Até o momento desta reportagem, a criança permanece internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital 22 de Outubro.

A menina se dirigia à casa de familiares, que ficava na rua de trás, quando foi atingida pelo material cortante. Moradores da região relataram à EPTV que a vítima estava pálida após o ocorrido, e vizinhos prestaram os primeiros socorros antes de o pai levá-la ao hospital.

O estado de saúde da menina é considerado grave, mas estável, e os médicos estão monitorando sua recuperação. O pai, em meio à angústia, expressou seu apreço pela equipe médica, afirmando: "É só Deus e os médicos para trazerem ela [a menina] de volta." Uma tomografia foi realizada nesta segunda-feira (11/3) para avaliar a extensão dos danos causados.

O incidente reacende a discussão sobre a proibição do uso do cerol em pipas, uma questão que ganhou destaque recentemente com a aprovação de um projeto de lei pela Câmara dos Deputados no mês passado. O projeto busca criminalizar o uso do cerol, impondo multas e penas de reclusão de um a três anos para aqueles que forem flagrados utilizando o material. Estabelecimentos que comercializarem o produto também enfrentarão a cassação da licença de funcionamento como punição adicional.

O projeto de lei visa a proibição nacional da venda e utilização de cortantes, com exceção de competições em ambientes controlados. Embora o cerol ainda não seja explicitamente proibido por lei, sua utilização é considerada crime pelo Código Penal (Artigo 132), que prevê detenção de três meses a um ano para quem expõe a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente. Em casos como o ocorrido em Mogi Mirim, onde resultou em lesões graves, a pena pode ser aumentada de acordo com o dano causado. A sociedade aguarda a evolução do caso e a aplicação efetiva da legislação para evitar tragédias semelhantes no futuro.



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