Um grupo composto por quatro pessoas foi recentemente condenado por práticas ilícitas relacionadas a fraudes eletrônicas, associação criminosa e lavagem de dinheiro na cidade de Votuporanga, São Paulo. A investigação conduzida pela Polícia Civil revelou um esquema meticuloso que visava lesar diversas vítimas em todo o estado.
O líder identificado como C.K.B.C. estava no comando das operações, que envolviam a execução de golpes e a posterior lavagem dos recursos obtidos de maneira fraudulenta. A análise das transações financeiras dos acusados evidenciou movimentações suspeitas, confirmando sua participação ativa no esquema delituoso.
Para complicar ainda mais o rastreamento das atividades criminosas, o grupo utilizava uma variedade de conexões móveis e comunicava-se por meio de aplicativos com recursos de criptografia. C.K.B.C., por exemplo, se fazia passar por intermediário em transações de venda de veículos pela internet, ludibriando suas vítimas e causando danos financeiros significativos.
Um dos golpes aplicados, conhecido como "golpe do intermediário", operava da seguinte maneira: o fraudador identificava anúncios de veículos à venda na internet, entrava em contato com o vendedor para obter detalhes sobre o item e, em seguida, criava um novo anúncio com informações idênticas, porém com um valor reduzido.
Sob pretexto de confidencialidade e com histórias inventadas para justificar o preço mais baixo, persuadia o comprador original a não divulgar o valor. Em seguida, atraía um segundo comprador, orientando ambos a manterem sigilo sobre os valores e intermediava a transação, resultando na transferência do dinheiro para ele próprio, sem que o vendedor recebesse o pagamento ou o comprador obtivesse o veículo.
Entre as vítimas em Votuporanga, destaca-se o caso de J.A.S., que ao responder a um anúncio no Facebook em agosto de 2022, concordou em adquirir um veículo GM/Prisma por R$ 28 mil e acabou perdendo R$ 12 mil em uma transferência fraudulenta.
Essa condenação representa um passo importante na repressão a esse tipo de crime, ressaltando a importância da vigilância e conscientização por parte dos consumidores ao realizar transações online.
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