O governo brasileiro está considerando medidas em resposta aos deputados que assinaram o pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder do governo na Câmara, José Guimarães, indicou em uma reunião com líderes de outros partidos que podem ser tomadas ações como prejudicar o repasse de emendas e suspender indicações feitas por esses parlamentares a cargos regionais. Além disso, pretende-se fazer um apelo para a retirada das assinaturas desses congressistas do requerimento.
A manifestação ocorreu durante um encontro que reuniu José Guimarães, líder do PSB, Gervásio Maia, e líder do PSD, Antônio Britto. Cinco deputados do PSD assinaram o pedido de impeachment, de autoria da deputada Carla Zambelli.
O PSD, que possui ministérios no governo Lula, teve parlamentares que aderiram ao impeachment em razão das declarações do presidente sobre a ofensiva de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Na visão dos participantes da reunião, há uma incompatibilidade entre ser da base do governo e assinar um pedido de impeachment. Uma lista de todos os parlamentares da base governista que assinaram o pedido está pronta para ser encaminhada ao governo.
O pedido de impeachment feito por Carla Zambelli foi protocolado com 139 assinaturas, com mais cinco aditamentos a serem protocolados. Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira, decidir dar abertura ao pedido ou não, podendo arquivá-lo ou mantê-lo em análise, já que não há um prazo determinado para avaliação.
Parlamentares e lideranças do Centrão acreditam que a proposta não deve prosperar, classificando-a como um "factoide". O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, é um dos que minimizam a iniciativa.
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