O plantão policial de Rio Preto registrou um caso nesta segunda-feira (24) que iniciou como embriaguez ao volante e terminou com uma verdadeira confusão na Central de Flagrantes. De acordo com informações do boletim de ocorrência, homem foi detido por dirigir embriagado, ofendeu (inclusive racialmente) policiais e acabou preso. Mais tarde, uma conhecida do suspeito proferiu xingamentos e deu muito trabalho na delegacia, precisando ser contida e algemada.
Policiais militares declararam ao delegado que era por volta de 21h20, quando realizavam patrulha por uma via do Solo Sagrado e viram um veículo Kwid prata passar por um sinal vermelho no sentido Centro-bairro. Fizeram o retorno com a viatura e após um breve acompanhamento devido a uma tentativa de fuga, abordaram o motorista, identificado com 34 anos.
Como estava visivelmente embriagado, com voz pastosa, olhos vermelhos, odor etílico, eufórico e muito agitado, ordenaram que descesse do veículo. Ao descer, apresentava andar cambaleante. Neste instante começou a ofender agentes e resistir, sendo necessário uso de força moderada para contê-lo e algemá-lo. No Kwid havia uma lata de cerveja aberta e parcialmente consumida.
O condutor negou que tivesse ingerido bebida alcoólica e se recusou a soprar o bafômetro. Houve uma tentativa de contato com conhecido habilitado do suspeito para liberação do automóvel, mas como este não compareceu ao local, terminou apreendido administrativamente e levado ao pátio.
Diante da recusa ao exame, o motorista foi conduzido até a delegacia, onde se recusou a assinar qualquer documento e também a autorizar coleta de material para exame de dosagem alcoólica. Ficou ainda mais nervoso e ofendeu policial militar com ofensas racistas, dizendo “negrão, macaco filho da p…, você me prendeu”.
Uma vítima de outra ocorrência que recebia atendimento testemunhou as ofensas e se comprometeu a ir até a delegacia correspondente a área dos fatos posteriormente para prestar depoimento, já que precisou ir embora naquele instante. Durante a confusão chegaram ao local a esposa do motorista e uma amiga dela.
A referida amiga estava muito nervosa e alterada, se dirigindo ofensivamente a um dos PMs exigindo que liberasse o veículo para a mulher do suspeito. O agente explicou que “não tinha mais como fazer o que ela pedia imediatamente porque de acordo com o que determina o Código Brasileiro de Trânsito as medidas administrativas já haviam sido tomadas”.
Ainda mais nervosa, passou a discutir com investigadoras que estavam atendendo outras pessoas, tentou entrar na área destinada aos presos, precisando ser contida pelo policial, que ouviu dela as seguintes palavras: “você é um palhaço, seu bos…, você é um babaca, isso não vai ficar assim”. Pelo desacato, recebeu voz de prisão neste momento e tentou sair correndo da delegacia.
Foi preciso força moderada e um golpe de queda para segurar a envolvida. Mesmo assim, ela ainda tentou pegar a arma do PM e foi contida por guardas civis municipais que se encontravam apresentando outra ocorrência. Eles auxiliaram na imobilização colocação de algemas. Em virtude do estado alterado que estava, para própria segurança e de outras pessoas foi levada a uma cela para se acalmar.
Por fim, o motorista detido, durante a apresentação da ocorrência se recusou a fornecer a versão dele, não assinou qualquer documento relativo à prisão, negando-se, inclusive a ser identificado no registro policial. O delegado de plantão determinou a prisão do suspeito de acordo com o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro.
Um médico legista compareceu e conseguiu finalmente efetuar exame clínico para constatar a embriaguez do homem, informando que o laudo será concluído posteriormente. Como o crime cometido é inafiançável, o motorista acabou encaminhado à carceragem da Deic até passar pela audiência de custódia. O documento não contém outras informações sobre a conhecida do envolvido que precisou ser levada para a cela.
Gazeta de Rio Preto.
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