O segundo semestre de 2023 inaugura uma etapa de definição da agenda verde do terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A pauta está centralizada no Ministério da Fazenda, de Fernando Haddad, com interface principalmente com os ministérios do Meio Ambiente, de Marina Silva, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do vice Geraldo Alckmin, mas também com outras pastas da Esplanada e do próprio Palácio do Planalto.
Com previsão de lançamento em agosto, o Plano de Transição Ecológica está em fase final de elaboração. Ele tem como objetivo desenvolver uma agenda econômica com foco na produção de baixo carbono e na transição energética. O documento deve ser apresentado à cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias mundiais.
“Ele é um grande framework, uma estrutura para você pensar estratégias de desenvolvimento ligadas à questão da sustentabilidade e à questão do clima”, disse ao Metrópoles o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.
Alguns dos temas deverão ser tratados por projeto de lei, enquanto outros não precisarão do aval do Congresso. A expectativa é que o conjunto de medidas perpasse todo o terceiro governo Lula e se transforme em uma das novas marcas da atual gestão.
O plano é dividido em seis eixos de atuação:Incentivos econômicos;
Avanços tecnológicos da indústria nacional;
Fomento à bioeconomia;
Transição energética;
Gestão de resíduos e economia circular; e
Adaptação às mudanças climáticas.
De forma transversal, a chamada “neoindustrialização” deverá percorrer os seis eixos. Alckmin tem rechaçado o termo “reindustrialização” e dito que o correto é pensar em um novo formato de industrialização do país, mais atento às questões ambientais.
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A ideia é que esse plano ajude o Brasil a desenvolver, de forma pioneira, a agenda ESG (Environmental, Social and Governance), sigla que faz alusão a compromissos ambientais, sociais e de governança.
Metrópoles.
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