São Paulo – Polícia Federal afirma que quadrilha responsável por trocar etiquetas de bagagens para enviar drogas ao exterior, alvo de operação nesta terça-feira (18/7), cooptava toda a cadeia de funcionários do aeroporto de São Paulo e de companhias aéreas ligados ao transporte das malas. Segundo a PF, foram presos 4 mandantes e 12 executores.
De acordo com o delegado da Polícia Federal Felipe Faé Lavareda, a quadrilha, ligada ao PCC, fazia check-ins de malas clandestinas com cocaína e colocava nelas etiquetas de bagagens retiradas de passageiros comuns, para que não fossem interceptadas.
“O check-in irregular da mala é geralmente em balcão desativado. A gente tinha ali os funcionários do check-in e toda a cadeia de trabalho da parte restrita do aeroporto cooptados. Isso inclui quem dirige os carrinhos com as malas atrás, quem tira as malas das esteiras, quem carrega a mala no avião. Todo mundo”, disse o delegado.
“Eles fazem de uma maneira quase que natural. Se você olhar a imagem solta, é capaz de nem perceber. Eles fingem que fazem uma leitura da etiqueta da mala”, completou.
Segundo Felipe Lavareda, a mala verdadeira, que tinha a etiqueta retirada, muitas vezes chegava ao destino correto, de modo que os passageiros nem percebiam a irregularidade.
“Entra uma mala clandestina, que usa a etiqueta de uma mala correta, só para poder entrar no avião. Então ficava com uma mala a mais. Às vezes, perde a mala verdadeira, mas às vezes vai para o destino normal.”
Metrópoles.
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