Caminhoneiros também vão ganhar um cartão para comprar diesel
A diretoria-executiva da Petrobras aprovou alteração
na periodicidade de reajuste nos preços do diesel e, agora, os valores
nas refinarias da companhia, que correspondem a cerca de 54% dos preços
ao consumidor final, serão reajustados por períodos não inferiores a 15
dias. Até então, o valor do litro do diesel poderia variar até
diariamente.
A petrolífera disse ainda que continuará a utilizar
mecanismos de proteção, como o hedge com o emprego de derivativos, cujo
objetivo é preservar a rentabilidade de suas operações de refino.
"A companhia manterá a observância de preços de
paridade internacional (PPI), abstendo-se, portanto, de práticas que
poderiam caracterizar o exercício de poder de monopólio, já que possui
98% da capacidade de refino do Brasil".
A Petrobras e a BR Distribuidora desenvolvem uma nova
forma de pagamento para os caminhoneiros que deve reduzir a volatilidade
dos preços dos combustíveis. Em fato relevante, as empresas anunciaram
que trabalham na criação de um cartão de pagamentos "que viabilizará a
compra por caminhoneiros de litros de diesel a preço fixo nos postos com
a bandeira BR".
O chamado "Cartão Caminhoneiro" será destinado aos
autônomos e proprietários de frotas de caminhões. "O diferencial que se
busca é oferecer uma opção aos diversos públicos, que poderá auxiliar na
gestão do risco da flutuação de preços ao consumidor", cita o fato
relevante da BR Distribuidora O cartão ainda está em desenvolvimento e
as empresas acreditam que a conclusão deverá ocorrer em 90 dias.
Greve
A alta do preço do combustível foi a principal justificativa para a greve dos caminhoneiros em maio de 2018.
Agora, a movimentação dos caminhoneiros para dar início
a uma greve nacional no próximo sábado, 30, perdeu força. Se ocorrer,
se limitará a paralisações pontuais. A opinião é de Wallace Landim, o
Chorão, presidente das associações Abrava e BrasCoop, que representam a
classe.
Landim, que passou a ter entrada no Palácio do Planalto
e tem se reunido com ministros do presidente Jair Bolsonaro, afirmou ao
jornal O Estado de S. Paulo que Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio
Grande do Norte estão entre aqueles que já sinalizaram que não aprovam
paralisação neste dia 30, para aguardarem uma posição firme do governo
sobre os três itens centrais de sua pauta: mais rigor na cobrança de
fretes pagos pelos donos da carga, reajuste mensal do preço do óleo
diesel e construção das paradas para descanso dos motoristas.
"É preciso reconhecer que o governo está mobilizado,
para nos atender. Por isso, acho que uma paralisação neste momento não
ajuda em nada. O presidente Bolsonaro, me disseram ministros, deve
anunciar um posicionamento para nós nesta semana. Nós apoiamos a eleição
do presidente, então é preciso aguardar um pouco", disse Landim.
Agência Brasil
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