Mulher que alega ter sido estuprada em sequestro diz que foi ameaçada e teve casa invadida dias antes do crime




A mulher de 30 anos que alega ter sido sequestrada e estuprada por dois homens, em São José do Rio Preto (SP), afirmou que teve a casa invadida e foi ameaçada três dias antes do crime.

“Na quinta-feira (14) entraram na minha casa e me ameaçaram, mas eu relevei”, diz a vendedora.

Segundo a vítima, no dia do crime, ela seguia por uma rodovia da cidade, quando foi fechada por um carro preto. Ela relata que conseguiu escapar e chegar normalmente ao trabalho.

Contudo, durante o horário do almoço, ela foi abordada por dois suspeitos. Um estava armado com uma faca e pediu para ela ficar quieta. Em seguida, a obrigou entrar em um veículo.

“Dentro do carro, eles me vendaram e, depois de uns 30 minutos, me levaram para um quarto em uma casa, onde começaram a me bater e me obrigaram a tomar um remédio”, conta a mulher.

Ainda de acordo com a vendedora, ela teria permanecido por dois dias em um cativeiro, onde foi ameaçada, agredida com pontapés e socos, além de ser estuprada.

“Depois do remédio, eu fiquei “grogue”. Quando acordei, estava sem roupa e foi quando tudo aconteceu. Eles me bateram, me estupraram e um deles passou os órgãos genitais na minha boca”, conta a vítima. 


Após o crime, os suspeitos teriam colocado a vendedora no carro novamente e a abandonado na Avenida Bady Bassitt, na noite desta terça-feira (19). 


“Eles me ameaçaram dizendo que a próxima vez me matariam e me jogariam na rua. Apenas me recordo que estava passando uma moça, e eu pedi ajuda para ela. Ela chamou a polícia e eu desmaiei", diz. 

Socorrida ao hospital


A vítima foi socorrida em um hospital particular de Rio Preto, onde recebeu atendimento médico e permaneceu internada.

Nesta quarta-feira (20), ela recebeu alta hospitalar e foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito. O laudo deve sair em 30 dias.

Os hematomas estão por todo o corpo. Segundo ela, além de se recuperar dos danos causados pelos criminosos, ela também enfrenta câncer de mama.

“Para falar a verdade, eu estou me sentindo fria. Não tenho mais vontade de viver. Não desejo isso para ninguém de ser estuprada e agredida. Eu estou me recuperando de um câncer de mama. Está sendo muito difícil.”

Investigação policial


Um boletim de ocorrência foi registrado e o caso será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São José do Rio Preto.

De acordo com a delegada responsável pela investigação, Dálice Ceron, a polícia procura por alguma câmera de segurança que possa ter registrado a placa do carro envolvido no crime.


"Como é grave, vamos agilizar e priorizar o caso. Também vamos aguardar o laudo e escutar o que a vítima tem a dizer. É importante que ela forneça as informações necessárias para conseguirmos identificar os suspeitos", diz. 

(G1 Rio Preto Araçatuba)

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