Aguardado em Rio Preto para participar do encerramento do Congresso da Associação do Municípios da Araraquarense (AMA), NA ultima sexta-feira, dia 1º, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu, na tarde de quinta-feira, dia 31, o mais forte dos indícios de que deve ser ele – ou pelo menos alimenta mais do que nunca a possibilidade –o candidato do PSDB à presidência da República, no ano que vem. O governador respondeu à pergunta de um jornalista, durante visita a uma fábrica de cosméticos, que quer ser “o presidente do povo brasileiro”. A resposta foi dada depois que uma consultoria comparou o perfil de Alckmin ao de Hillary Clinton, que concorreu à presidência dos Estados Unidos. “Da elite, não”, respondeu. “Eu quero ser o presidente do povo brasileiro, dos empresários que geram emprego, do trabalhador sacrificado do Brasil”, disse.
Geraldo Alckmin disputou a cadeira de presidente em 2006, enfrentando o ex-presidente Lula, que tentava e reeleição. Ele chegou a levar a disputa para o segundo turno, mas não resistiu à alta aprovação do governo do petista, que venceu a disputa com mais de 60% dos votos válidos.
Depois de mais dois mandatos consecutivos como governador de São Paulo, que venceu as eleições de 2010 e 2014, ambas em primeiro turno, o nome de Geraldo Alckmin voltou a ganhar força dentro do partido, especialmente por conta das denúncias de corrupção contra o senador Aécio Neves, que foi o candidato da legenda na eleição de 2014 e perdeu para a então presidente Dilma, no segundo turno da disputa mais acirrada da história.
Alckmin continuou a ganhar espaço e entre os tucanos com o enfraquecimento político do senador José Serra, que também é alvo da Justiça, e por se aproximar ainda mais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, considerado ainda o nome mais pesado na legenda.
O governador, no entanto, carrega uma rejeição superior a 70% e o cenário se complica um pouco mais quando a “cria” dele, João Dória, prefeito de São Paulo, lança mão de um pesado trabalho de marketing que o alça, em pouco mais de seis meses de trabalho, à condição de também pré-candidato pelo partido.
Durante uma das mais recentes visitas oficiais do governador a Rio Preto, no dia 24 de março, para a entrega das casas do conjunto habitacional Solidariedade, Alckmin, rodeado por lideranças do PMDB – entre elas o presidente Michel Temer e o prefeito Edinho Araújo – já havia dado sinais reais da pretensão para 2018. Michel Temer fez uma série de elogios ao trabalho de Alckmin, que mais tarde “retribuiu”, defendendo a permanência do partido na base do governo depois que as gravações de conversas entre o presidente da república e o empresário Joesley Batista foram divulgadas e causaram umas das maiores crises políticas que o país enfrentou nos últimos anos.
A vista de Alckmin na tarde desta sexta-feira deve ser mais uma vez marcada pela disputa de espaço entre representantes dos governos estadual e federal. O governo do Estado confirmou a presença de quatro secretários: Rodrigo Garcia, da Habitação, Floriano Pesaro, do Desenvolvimento Social, Márcio Fernando Elis Rosa, da Justiça e Cidadania, e de José Renato Nalini, da Educação. Entre as presenças do Governo Federal confirmadas para o evento estão o ministro interino da Agricultura, EumarNocachi, o assessor de Assuntos Federativos da Presidência da República, PalminioAltimari Filho e o presidente da Funasa – Fundação Nacional de Saúde, Rodrigo Sérgio Dias.
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