A mulher falou de sua angústia em um programa de TV.
Claire Tickle, 38 anos, foi ao hospital pela primeira vez aos 16 depois de perceber que suas pernas estavam ficando grandes demais e que parecia haver um elástico em torno do tornozelo.
A luta persistiu pelos próximos 7 anos, em dezenas de visitas aos médicos. Todos diziam para não se preocupar que seu problema era apenas obesidade.
Curiosamente, quando entrou em uma rígida dieta, percebeu que suas pernas perdiam gordura em algumas partes, mas não paravam de crescer. Apenas aos 32 anos sua angústia teve fim ao ser diagnosticada com lipedema – uma condição que faz com que pernas coxas, nádegas e braços ganhem grandes volumes.
Como a doença é incurável, suas pernas já estão com 63 Kg, o que provoca dor constante e incapacidade de andar normalmente. Sua única esperança é um novo tratamento inserido no Reino Unido que entrará em fase de testes nos próximos meses. Trata-se de uma lipoaspiração.
Tickle sentia-se desmoralizada e humilhada ao ver profissionais de saúde mandando-a emagrecer e não comer muito para conseguir fazer dietas: “Sempre me diziam que eu era gorda, o tempo todo”.
Ainda segundo ela, foi diagnosticada por pura sorte. Estava com eczema na pele na parte de trás das pernas e consultou um dermatologista. Ele reconheceu a doença imediatamente, e forneceu o diagnóstico correto.
Saiba mais!
A lipedema é o acúmulo anormal de gordura nas células das pernas, coxas e nádegas. Isso faz com que as pernas e tornozelos fiquem muito grandes, com dezenas de quilos, mas os pés não são afetados pelo acúmulo.
A gordura, muitas vezes, cria um anel adiposo sobrepondo-se à parte superior dos pés. A pele, muitas vezes, sente muito frio e hematomas surgem facilmente.
Lipedema ocorre quase exclusivamente em mulheres e tende a começar durante a puberdade ou gravidez. O acúmulo piora se a pessoa tiver algum grau de obesidade, mas não é regra, afetando também pessoas magras e muito saudáveis.
A causa do problema é desconhecida, mas estima-se que exista um fundo genético familiar.
O único tratamento disponível é a chamada lipoaspiração tumescente, mas não existe em todos os países.
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