Depois de passar exatos 109 dias internada, a pequena Laura Lima do Nascimento, a Laurinha, teve alta hospitalar nesta última terça-feira (05/01/2021). Ela estava internada em um hospital particular de São José do Rio Preto (SP) com COVID-19.
Laurinha de apenas seis meses de vida, nasceu de parto cesárea no dia 24 de junho de 2020, pesando 3,1 kg, em meio a pandemia do COVID-19. Foi pra casa bem e vinha se desenvolvendo como qualquer bebê, porém numa madrugada, a garotinha deu entrada na emergência em um estado de pré-parada cardíaca e foi internada na UTI Pediátrica.
Os exames da Laurinha detectaram infecção pelo vírus e uma violenta reação de inflamação do organismo, que atacou pulmão, coração, rins e fígado. Ela precisou de remédio para manter o coração batendo, respirador para trabalhar pelo pulmão e diálise para fazer o papel do rim.
Em setembro do ano passado a Gazeta mostrou a batalha da criança e a familia pedindo oração para ela. Durante o tempo em que ficou internada, ela foi submetida a três cirurgias, sendo a última para resolver um sangramento na cabeça.
Laurinha permaneceu viva graças a persistência dos médicos e a fé da família que mora em Potirendaba. A mãe dela, Ana Carolina Santos Lima, de 16 anos, disse que a filha tem uma nova data de nascimento e configura o caso a um milagre.
“O caso da gravidade dela por COVID-19 é muito raro e a Laurinha é um milagre de Deus, não temos dúvida disso. Agora ela terá uma nova data de nascimento, pois felizmente nasceu de novo. Estamos muito felizes e agora a recuperação só depende dela”, disse.
Laurinha recebeu alta sendo aplaudida pela equipe médica do hospital e com uma ‘nuvem’ de bexigas brancas e vermelhas. Camisetas personalizadas com a frase “Laurinha nosso milagre” foram confeccionadas pela família em sua homenagem
De acordo com a equipe pediátrica do hospital, Laurinha levará para casa uma máquina para ajudar na sua respiração, além de uma receita com 10 medicações de uso contínuo. Laura pesa hoje 5 kg e está fora de perigo.
Em uma postagem em sua rede social, a médica pediatra de Laurinha, Danielle Lilia Dantas, disse que muitas pessoas não acreditam que tudo isso é consequência do vírus.
“Essa é a razão desse post! A maioria das crianças tem poucos sintomas. Doença grave atinge de 1 a 3% das crianças. Mas lembro que a Laura é o 100% da família dela e isso é o suficiente para a publicação desse post”, disse a médica.
Por:(Gazeta do Interior)
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