Avó de bebê que morreu após agressões diz não crer que filha possa ter machucado neta: 'Destruída por dentro'


A avó materna do bebê de 6 meses que morreu após sofrer várias agressões disse que “não pode acreditar” que a filha possa ter ferido a neta. A lavradora Dejane da Silva saiu de Codó (MA) estava a caminho de Goiânia para visitar o neném no hospital quando soube da morte dela. Mãe e pai da vítima estão presos suspeitos do crime

“Eu não posso acreditar que ela possa ter machucado a filha dela. Só acho que ela foi covarde de não pedir ajuda. [...] Estou destruída por dentro”, disse, aos prantos.

A Prefeitura de Trindade, onde o crime ocorreu e é investigado, disse que custeou o velório, caixão e enterro, que aconteceu no Cemitério Municipal da cidade na noite de quarta-feira (11). A família havia expressado a vontade de realizar o sepultamento na cidade natal, no Maranhão, mas não tinham condições financeiras para o traslado.

A avó lamentou muito a morte da neta, que só conhecia por fotos. “Eu já passei por muita coisa difícil na minha vida. Quando o meu pai faleceu, quando soube que estava com câncer. Mas agora foi pior”, disse.

Segundo a lavradora, o genro havia sido condenado por agredir a esposa e mudou-se para Goiás. Algum tempo depois, mesmo tendo uma medida protetiva contra o agressor, a filha de Dejane foi ao encontro dele e ambos tiveram a neném em Trindade, na Região Metropolitana da capital.

Investigação

A delegada Renata Vieira, responsável pela investigação, disse que as evidências apontam que tanto o pai quanto a mãe cometiam as agressões e que elas aconteceram desde que a vítima nasceu.

“As agressões físicas eram, realmente, praticadas pelo casal. Não somente pelo pai. Até porque a mãe confessou a questão das velas. Todas as queimaduras que a criança tinha, foram feitas pela mãe. Os maus-tratos decorreram desde o nascimento da criança até o crime de homicídio qualificado”, explicou.

Denúncia

O caso passou a ser investigado depois que a mãe levou o bebê a uma unidade de saúde em Trindade, que o encaminhou ao Hospital Materno Infantil (HMI), na capital. Os médicos alertaram à Polícia Civil sobre possíveis maus tratos porque a vítima tinha 12 fraturas pelo corpo, além de queimaduras.

O casal foi preso na sexta-feira (6), suspeitos de causar os ferimentos na filha de 6 meses de vida e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.


O neném ficou internado na unidade de saúde em Goiânia até a última terça-feira (10), quando morreu.

Depois que o caso passou a ser investigado, vizinhos do casal disseram que já suspeitavam das agressões.

Por:(G1 GO)
               

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